sábado, 1 de setembro de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

Experiências e reflexões sobre Avenida Brasil


Umas semanas atrás eu entrei num desses botecos de esquina onde a clientela é exclusivamente masculina. O dono do bar, um nordestino de uns 70 anos, conversava animadamente com um homem moreno; a conversa parecia agradável: os dois riam alto e gesticulavam muito. Estiquei o ouvido para escutar: um narrava para o outro uma briga entre Max e Jorginho em Avenida Brasil.

Voltei pra casa sorrindo e pensando se aquela cena seria imaginável há 20 anos. Hoje, as novelas tornaram-se entretenimento de todos: não existe mais o futebol do patrão e a novela da dona-de-casa. Milhões de pessoas se sentam na frente da televisão para ver a infinita guerra entre mocinhos e vilões. Mas Avenida Brasil vai muito além disso.

A quarta novela em que João Emanuel Carneiro é o autor titular tem uma vilã carismática, uma mocinha que age fora dos padrões do politicamente correto, um herói ingênuo, um homem com três mulheres, além de uma série de outros personagens de caráter duvidoso. Mas nada disso é questionado pelo público: só queremos ver as peças de movendo no tabuleiro e torcer pelo amor ou pela vingança.

Nas duas últimas semanas (desde que Nina jogou uma jarra de suco em Carminha e o Max descobriu quem era a Rita) Avenida Brasil tem enlouquecido o público: as redes sociais estão lotadas de fotos congeladas e opiniões diversas sobre as ações das protagonistas. O tão aguardado capítulo 100 (que foi ao ar na última quinta-feira) valeu a pena.



Entre a minha família não se fala em outra coisa. É preciso conhecê-los para entender que o nosso assunto favorito é televisão. Nas reuniões de família as discussões são animadas e é preciso um pouco de juízo para que tudo não se transforme em briga. Nos nossos almoços é obrigatório que façamos uma análise da trama: desde “a vingança compensa?” até temas mais leves como a sexualidade do Roni ou a traição da Olenka. Tentamos descobrir os próximos acontecimentos e narramos com riqueza de detalhes (cenários, roupas e diálogos) as nossas cenas preferidas. E se alguém perdeu algum capítulo... o site da Globo tem todos os vídeos disponíveis.

É claro que Cheias de Charme e Gabriela também rendem boas conversas pela internet, nas mesas de lanchonetes ou dentro dos ônibus, mas Avenida Brasil é o que podemos chamar de fenômeno. Antes dela poucas outras fizeram tanto estardalhaço (talvez porque as redes sociais ainda não tinham tanto público): lembro-me de O Clone, Senhora do Destino e A Favorita (essa última também do João Emanuel).

Interessante que todas essas histórias conquistaram o público principalmente pelas paixões reprimidas do povo: amores proibidos e sede de vingança. Quando nos falta coragem, os personagens da ficção são os responsáveis por satisfazer nossos desejos. Por isso que as cenas onde a mocinha estapeia a vilã (Celebridade, Senhora do Destino, Caminho das Índias, Avenida Brasil) fazem tanto sucesso.

Avenida Brasil ainda tem muitos capítulos pela frente e, pelas minhas reflexões e previsões, a novela ainda terá outra virada espetacular como a da última semana: comprarei um desfibrilador pela internet. João Emanuel Carneiro consolida seu lugar na Rede Globo como a galinha dos ovos de ouro e Avenida Brasil já é a favorita (trocadilho infame) de muita gente. Os anunciantes riem de satisfação e Aguinaldo Silva chora de inveja.

domingo, 15 de julho de 2012

Gabriela



“Quando eu vim para esse mundo
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, êh, meus camaradas”

Depois de amanhã Gabriela entra na sua quarta semana e temos muito que falar sobre a nova novela das 11. Pra começar, quero falar do Walcyr Carrasco: não sei se eu já falei mal dele por aqui, mas o Walcyr me deixou puto triste com a sua excursão pelo horário das 7. Estava morrendo de saudade do seu texto numa história de época que é o melhor que ele sabe fazer. E o texto de Gabriela é engraçado, profissional, mas ao mesmo tempo dificílimo de ser interpretado. Fico tenso nas cenas do Erik Marmo: ele transmite tanta insegurança que eu fico com medo de que ele enrole a língua num desses diálogos com a Dona Sinhazinha (Maitê Proença).

Partindo para o elenco, é obrigatório falar de Juliana Paes, a Gabriela modelo 2012. Vejo muitas críticas negativas sobre Juliana, mas eu acho que a personagem não dá muitas opções para ela: Gabriela tem que ser daquele jeito e ponto. Não tem muito que fazer. Juliana Paes é constantemente comparada a Sônia Braga (Gabriela modelo 75) e dizem que ela não se parece com a Gabriela original. Da mesma forma que a Maya de Caminho das Índias feita por Juliana foi comparada à Jade de Giovanna Antonelli em O Clone. Se a Juliana se parecesse com a original, diriam que ela não era autêntica e estava imitando a outra. Vai caçar um pau pra você subir!

Pulando o Humberto Martins que eu continuo achando um ator meia boca, quero falar de algumas pessoas que me fazem sorrir de satisfação quando estão em cena. Nunca achei Marcelo Serrado um grande ator e continuo não achando, mas ele me conquistou com seu Tonico Bastos. Suas cenas ao lado de Fabiana Karla são maravilhosas. Anderson de Rizzi, que interpreta o professor Josué, está divino. Ele já tinha mostrado seu talento em Morde & Assopra como o Sargento Xavier, mas ele está bem melhor agora: é claro que são personagens diferentes, mas isso também prova que o Walcyr é mais bem sucedido com textos menos espalhafatosos. Também quero dar uma estrelinha para Marco Pigossi que faz o Juvenal com tanta segurança.

Agora quero falar do que há de melhor nesse elenco. É claro que não estou levando em conta Antônio Fagundes, Chico Diaz, Maitê Proença, Laura Cardoso nem José Wilker: eles são inquestionáveis. Primeiro, quero falar de Rodrigo Andrade que se preparou e alcançou êxito como o machista Berto. Fico impressionado com a quantidade de manias e vícios de linguagem que o personagem tem e tenho certeza que isso é responsabilidade da competência do Rodrigo. E o melhor ator em cena: Mateus Solano. Que dicção, meu Deus! Fico admirado quando um ator consegue fazer com que um texto seja seu: não tem como pensar que o Mateus Solano leu um roteiro e decorou o diálogo; aquelas palavras são suas, foram pensadas ali naquele momento. Aplaudo cada cena dele.

Agora as medalhas de mérito: a dupla Vanessa Giácomo e Luiza Valdetaro consegue falar com os olhos; Leona Cavalli é a melhor escolha para uma prostituta de luxo; a personagem de Giovanna Lancellotti vai sofrer muito ainda, mas a atriz está se saindo super bem nessa primeira fase da Lindinalva; apesar de não gostar da Bel Kutner como pessoa, tenho que admitir que ela é um ótima atriz; Neusa Maria Faro está com uma de suas melhores personagens até hoje.

Em Gabriela tudo está em seu devido lugar. As cenas de sexo e nudez estão chocando as pessoas que não estão acostumadas a isso, mas eu já vi coisa pior eu acho que estão de extremo bom gosto. Por fim, quero dizer que amo o Bataclã e acho que essa novela é a oportunidade perfeita para fazerem um beijo lésbico entre as meninas da Maria Machadão.

Obs.: Não falei de Ivete Sangalo porque sinceramente... nos créditos de abertura deveria constar “Ivete Sangalo como ela mesma”.

domingo, 1 de julho de 2012

Destaques do Mês

Filmes muito esperados sempre aparecem na época das férias.
Como aconteceu no mês passado, eu resolvi eleger três filmes como destaques do mês.

E os Destaques do Mês de Julho são...

O Espetacular Homem-Aranha

Valente

Batman - O cavaleiro das trevas ressurge

domingo, 17 de junho de 2012

Algumas fotos de Gabriela


Nessa onda de reviver grandes sucessos da teledramaturgia da TV Globo — "Ti Ti Ti" (2010), "O Astro" (2011) e "Guerra dos Sexos" (estreia em outubro/2012) — a nova novela das onze traz a versão repaginada de "Gabriela". Sua primeira versão foi ao ar em 1975, com texto de Wálter George Durst (baseado no livro "Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado) e direção de Wálter Avancini. Dessa vez, o texto é de Walcyr Carrasco — que, na minha opinião, sabe lidar com textos de época — e direção de Mauro Mendonça Filho.

Eu nunca me pronuncio antes do início de nenhuma novela, mas resolvi postar algumas fotos que eu encontrei na internet por causa da qualidade das imagens. As imagens só fazem aumentar minha ansiedade para o início da trama.


Já é mais do que sabido que a personagem título era de Juliana Paes. Desde o ano passado que isso já está sendo dito. E a Juliana foi a primeira a aparecer nas chamadas da novela. Na primeira versão, o personagem dela era interpretado por Sônia Braga (que na época fazia filmes adultos).


O par romântico de Juliana Paes me deixou apreensivo quando seu nome foi divulgado: Humberto Martins. Seria difícil pra mim me desvencilhar do seu personagem anterior: Neco, de "O Astro". Apesar de não gostar muito do ator, confio no resto da produção, então acho que não preciso me preocupar. Na versão anterior, o personagem de Humberto Martins, Nacib, era interpretado por Armando Bógus. Detalhe da foto abaixo: a Juliana Paes rolou na terra?


Quem está me deixando mais nervoso para o início dessa novela é a estonteante Bruna Linzmeyer, que me conquistou desde "Afinal, o que querem as mulheres". Sua personagem, Anabela, ao lado de Príncipe Sandra, Emílio Orciollo Neto. Seus personagens eram defendidos respectivamente por Neila Tavares e Paulo César Pereio.


Também teremos Mateus Solano em mais um personagem de época, Mundinho Falcão. Ele é o rival político do Coronel Ramiro Bastos, interpretado por Antônio Fagundes. Na primeira versão da novela, o personagem Mundinho Falcão era interpretado por José Wilker, que nessa temporada fará o papel do Coronel Jesuíno Mendonça.


Por fim, a aposta que nos deixa mais apreensivo: Ivete Sangalo como Maria Machadão, a dona do cabaré. Ivete teve uma experiência com atuação em "As Brasileiras" e disse que tomou gosto pela coisa. Muitos dizem que Ivete é uma escolha errada. Mas eu acho que vai ser legal. Quero acompanhar os comentários dela pelo Twitter. Algumas de suas "meninas" serão Leona Cavalli (que, pra mim, tem cara de prostituta desde "Amazônia"), Ildi Silva, Nathália Rodrigues, Emanuelle Araújo (Aff!) e Suyane Moreira.


"Gabriela" estreia amanhã num capítulo especial depois de "Avenida Brasil". Ansioso até não poder mais. Depois de um tempo, eu volto aqui para dar os meus pareceres como eu sempre faço.


domingo, 3 de junho de 2012

SobeDesce Semanal


Sobe

Estou meio apreensivo em comentar uma das atrações dessa semana. Na última quinta-feira, o ex-presidente da República foi ao Programa do Ratinho. Desde aquele momento eu já sabia que eu deveria dar o meu parecer aqui no blog. Mas eu não assisti à entrevista completa. Gostei da primeira parte da entrevista — “Já comi rabada na casa do Ratinho, e o Ratinho comeu rabada na Granja do Torto”: acho o ex-presidente muito carismático e achei que aquilo era uma simples aparição para entretenimento das massas. Mas, na segunda parte da entrevista, Lula — como todo político não dá ponto sem nó — começa a fazer campanha pró-Haddad para a prefeitura de São Paulo — transgredindo a Lei Eleitoral. Já que o objetivo desse post é falar de televisão, não falaremos de política. Podem me chamar de alienado que eu não estou ligando. Gostei do Lula no Ratinho e ponto.

No mesmo dia da tão polêmica aparição de Lula no Ratinho, foi transmitido um dos últimos episódios de “As Brasileiras”: A Vidente de Diamantina. Desde o início do programa eu sonhava com a participação de Bruna Linzmeyer, mas não esperava que todo o elenco fosse me deixar tão extasiado. Gregório Duvivier — que esteve ótimo num episódio de “Louco por elas” —, Rafael Primot, Mateus Solano e maravilhosa Eva Todor. Meu Deus! Eu não sabia que ela ainda existia. A cada nome que aparecia nos créditos iniciais, eu soltava uma exclamação. O texto foi bem meia boca como muitos outros episódio da série, mas compensou pelo elenco.

E eis que falo do acontecimento televisivo da semana. Na última terça-feira, tivemos a oportunidade de conhecer os participantes da 5ª temporada de “A Fazenda”. Sinceramente, eu gosto muito do formato e de toda a produção do programa. E não sou o único: o programa foi o tópico mais comentado do Twitter na semana. Além de que “A Fazenda” é o programa da piada pronta. O que faz com que eu parta para a segunda parte do post.

Desce

Não há nada que eu odeie mais do que sub-celebridades. E “A Fazenda” tenta mostrar esses “famosos” como pessoas importantíssimas e dignas da minha atenção: Gretchen, Viviane Araújo, Vavá, Diego Pombo (quem?), Nicole Bahls, Ângela Bismarchi, Shayenne Cesário (quem?²) e Léo Áquila são os exemplos mais bizarros dessa edição. Mas o que o povo quer barraco: numa casa onde tenha uma ex-panicat, a ex do Belo (que só por esse fato não merece o meu respeito), uma cantora que já passou do fim da carreira há anos e outras figuras peculiares só pode sair coisa que não presta. Pra piorar ainda tem o carisma só que não do apresentador Britto Jr., que logo no primeiro dia de programa já estava mais perdido que cego em tiroteio. Talvez a intenção de ter escolhido o Britto para apresentar o reality tenha sido querer fazer algo parecido com o que o Pedro Bial faz; se essa foi a pretensão, erraram feio. O Britto é sem graça, com nenhum carisma além de ser ridículo em cena.

Indefinido

Ainda não tenho minha opinião formada sobre o programa “Sexo a 3” do Dr. Rey. Engraçado? Chocante? Ridículo? Preciso pensar mais sobre esse caso.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Destaques do Mês

Dessa vez eu não consegui. Desde outubro de 2010 eu não transgredia a regra que eu mesmo impus de eleger apenas um filme por mês, mas foi impossível não citar os três.

Os Destaques do Mês de Junho são:

Sombras da Noite


Madagascar 3 - Os Procurados


Prometheus

domingo, 27 de maio de 2012

SobeDesce Semanal


Sobe

Para começar o SobeDesce de hoje, vamos para o acontecimento televisivo da semana: na última segunda-feira, o SBT colocou no ar a versão brasileira da novela infantil Carrossel, com adaptação assinada por Íris Abravanel. A emissora fez um suspense enorme com essa novela e tenho por mim que ela não decepcionou. Para o padrão das produções do SBT, Carrossel é uma obra-prima: ganha de longe da anterior “Corações Feridos”, que teve o seu capítulo final — vergonhoso — transmitido na última quarta-feira. Destaque para a queridíssima Maisa que ficou linda como atriz.

Outro programa que merece nota 10 é o Todo Seu do Ronnie Von transmitido pela Gazeta. É difícil para eu admitir que o programa do Ronnie é legal, mas eu vou ter que dar o braço a torcer. Na última sexta-feira, o programa exibiu uma reportagem linda sobre o espetáculo Priscila — A Rainha do Deserto, além do quadro Visão Masculina que é de um raro bom gosto. Ronnie Von é realmente um homem de classe e faz um programa diferente daquilo que se vê no resto da programação: por isso não tem tanto público, mas ele deixa bem claro que essa é sua preocupação menor.

Também ponto positivo dessa semana: a entrevista da Xuxa no quadro O que vi da vida exibido no Fantástico repercutiu por todos os cantos. A entrevista durou 25 minutos e foi o assunto mais comentado nas redes sociais nessa semana. O ponto ápice da entrevista foi quando Xuxa revelou que tinha sofrido abuso quando era criança. Por causa disso, as denúncias contra abuso sexual a crianças aumentaram 30% na última semana. Até terça-feira, o Disque 100 tinha recebido 285.051 ligações segundo a Secretaria de Direitos Humanos. Joinha pra Xuxa!

Desce

Continuando com a entrevista da Xuxa no Fantástico: a apresentadora disse que foi abusada na infância, mas nas redes sociais, junto com elogios à Rainha dos Baixinhos, vieram menções a um filme em que Xuxa faz uma cena de sexo com um adolescente de 12 anos. O menino Marcelo Ribeiro tem hoje 42 anos, já fez filme para a produtora de Brasileirinhas e agora tem sua própria agência. Cenas do filme Amor Estranho Amor, filme de 1979, voltaram a ser compartilhadas na internet trazendo desconforto para alguns fãs.

Outro ponto fraco da semana foi a reportagem exibida na última sexta-feira pelo Globo Repórter. A matéria sobre Dubai foi, sem dúvida alguma, muito bem filmada: imagens bonitas, curiosidades sobre os pontos turísticos da cidade e a Glória Maria conduz muito bem esse tipo de programa. O problema é o formato do Globo Repórter. O programa tem 39 anos e não se renova. Hoje em dia, existem formatos diversos de documentários para televisão e, com certeza, o Globo Repórter não é o mais interessante: apesar de mais novos, Profissão Repórter e A Liga tem muito que ensinar.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Avenida Brasil


Depois de cinco semanas da estreia de “Avenida Brasil” está mais do que na hora de falar sobre alguns pontos da novela das 21h da Globo. Venho mais uma vez dizer que é difícil falar da obra de um ídolo — no caso, João Emanuel Carneiro —, mas, pelas minhas conversas na rua, com amigos e família, vejo que a minha opinião é compartilhada pelo restante do público.

Além do texto maravilhoso do João Emanuel Carneiro — o mesmo de “A Favorita” e “Da Cor do Pecado” — o elenco da novela é maravilhoso, principalmente o feminino, a começar por Débora Falabella. É até difícil escolher a personagem mais marcante da atriz — que já fez uma dependente química em “O Clone”, e a protagonista de “Sinhá Moça” —, mas ouso em dizer que essa é uma das mais difíceis para a atriz. O texto é complexo e exige mudanças muito drásticas principalmente nos olhares. A Nina é uma personagem de muitas facetas, assim como sua antagonista, Carminha.

Adriana Esteves estava sumida desde o fiasco de “Morde e Assopra”, mas voltou com a melhor personagem da sua carreira, na minha opinião. Pra mim, está sendo muito difícil me desvencilhar da imagem dela como a Celinha de “Toma lá dá cá”, mas aos poucos eu vou me adaptando às mudanças. Muito mais que Nina, Carminha muda de personalidade quatro vezes numa só cena: a personagem tem um olhar e um tom de voz diferente para cada pessoa com que está tratando.

Outro destaque feminino é Nathália Dill. Uma das queridinhas da Globo, Nathália estreia no horário nobre com Débora, uma personagem madura, mulher independente e moderna. A atriz já tinha mostrado o seu profissionalismo em outras novelas — como a Maria Rita de “Paraíso” — e agora na principal atração da emissora, ela se consolida como uma nova Paola Oliveira ou Alinne Moraes.

Ainda quero falar especialmente de Ísis Valverde que é, de longe, o personagem mais popular da novela. O sucesso da personagem me intriga: a piriguete não vale nada, só arranja confusão e tá em todas as rodas de conversa sobre a novela. Não acho que as suas personagens anteriores tenham favorecido o seu corpo escultural, mas agora ela está sendo recompensada.

Quero falar também da grande parte de atores cômicos presentes no elenco que fazem enriquecer o texto engraçadíssimo do João Emanuel: Heloísa Perissé já teve personagens melhores, mas está ótima como a cabeleireira Monalisa; Déborah Bloch, Camila Morgado e Carolina Ferraz me enlouquecem quando aparecem em cena; Letícia Isnard, que eu assisto desde “Minha nada mole vida”, tem uma personagem ótima no núcleo do jogador Tufão; e, por último, Fabíula Nascimento está maravilhosa, espetacular, com a Olenka, que não leva desaforo pra casa; eu rio em todas as suas cenas.

O elenco masculino? Bem... Tony Ramos, que fez uma participação na primeira fase da novela, foi a melhor interpretação até agora. Murilo Benício está fraco com o Tufão; Cauã Reymond já caiu no lugar-comum com seus últimos personagens; Alexandre Borges está engraçado, mas ainda apostaria em outros atores; Marcelo Novaes precisa esquecer a sua cara de bobo de personagens anteriores. Os melhores talvez sejam Marcos Caruso, que transita bem entre personagens distintos — como o padre Inácio em “Desejo Proibido” e o prefeito Patácio em “Cordel Encantado” —, José de Abreu que está detestável — essa é a intenção — como o catador de lixo Nilo e José Loreto que volta com um dos personagens mais cativantes de “Avenida Brasil”, Darkson.

Medalhas para Mel Maia, a personagem de Débora Falabela na primeira fase da novela; Juliano Cazarré que está com um personagem incomum, o ex-jogador Adauto; Débora Nascimento como a linda Tessália; Cláudia Missura, a Janaína, que me chama a atenção mesmo sendo uma empregada; e Daniel Rocha como Roniquito que, na minha opinião, é a revelação de “Avenida Brasil”.

Apesar dos pesares, “Avenida Brasil” tem uma história central riquíssima e é a novela mais popular dos últimos anos — não quero nem falar sobre a anterior “Fina Estampa”. A nova novela tem 93% dos seus personagens na classe C, a nova tendência das produções televisivas para conquistar esse público. A novela vai até setembro e espero não ter morrido de parada cardíaca com o ritmo alucinante do Kuduro da novela.

domingo, 1 de abril de 2012

SobeDesce Semanal



Sobe

- A novela “Avenida Brasil” tem diversos pontos positivos, mas o destaque da semana vai para a atriz mirim Mel Maia. O talento da menininha me impressionou mais que Bruna Marquesine em “Mulheres Apaixonadas” e Klara Castanho em “Viver a Vida”. A menina é elogiada nas redes sociais, na rua, no “Fantástico” e a preparadora de elenco Paloma Riani — que publicou uma carta aberta à Mel dizendo para ela tomar cuidado com a vaidade — disse que seu trabalho com a menininha te deu uma sensação de dever cumprido.

- O episódio de “As Brasileiras” que foi ao ar na última quinta, “A Indomável do Ceará”, foi disparado o melhor da série até agora. Alice Braga, como uma delegada osso duro de roer, e Rodrigo Santoro, como um bandido foragido, justificaram o seu sucesso no exterior.

- A Record investe agora na reprise de “Vidas Opostas” para lutar com “Avenida Brasil”. E foi bem sucedida! A novela da Globo continua absoluta com seus quase 40 pontos de audiência, mas “Vidas Opostas”, que já tinha sido um sucesso na sua primeira exibição, conseguiu 13 pontos com picos de 15 aumentando o otimismo na emissora do bispo.

Desde

- O deputado Jair Bolsonaro se complica cada vez mais com seus pronunciamentos. E o “CQC” aproveita! Na última segunda-feira, o deputado participou do quadro “Sem Saída” com Rafael Cortez e não teve medo de dizer que não gosta de gays e que é a favor da ditadura militar no Brasil.

- Por falar em “CQC”: depois do caso entre Rafinha Bastos e Wanessa, os humoristas do programa da Band tem que tomar mais cuidado com suas piadas. Uma piada mal-sucedida — que poderia ser interpretada como racista — de Oscar Filho na bancada do programa deixou Marcelo Tas desconcertado e provocou mensagens indignadas no Twitter. 

Destaque do Mês

E o Destaque do Mês de março é...


Titanic 3D

sábado, 24 de março de 2012

Fina Estampa


Ontem foi ao ar o último capítulo de “Fina Estampa”, novela escrita por Aguinaldo Silva e dirigida por Wolf Maya. Na minha opinião, o último capítulo foi coerente com o resto da novela: sem nexo.

O objetivo de “Fina Estampa” era ser uma novela popular, dirigida principalmente pra Classe C, assim como vários outros programas “globais”: “Tapas e Beijos”, “A Grande Família” e “Esquenta”. E Aguinaldo Silva foi feliz em suas decisões. A novela era o assunto nas ruas, nas redes sociais e a Pereirão (Lília Cabral) — a personificação da classe média — foi até capa da Revista Veja, que foi comemorado pelo autor. Mas, em comparação com tantas obras da dramaturgia brasileira, “Fina Estampa” foi clichê, sem atrativos e com uma história desconexa.


A começar pela personagem de mais sucesso que, na minha opinião, foi uma das piores criações do Aguinaldo Silva: Teresa Cristina (Christiane Torloni). No início da novela, ela se mostrava uma mulher fútil e consumista que é completamente aceitável. Achava as atitudes dela um pouco exageradas, mas eu até achava engraçado. A história dela se cruza com a da Griselda, e Teresa Cristina começa a alimentar um ódio incontrolável por Pereirão.

Com a ajuda de Ferdinand (Carlos Machado) — um “vilão” principiante que tinha tudo para ser o terror da novela —, Teresa Cristina tentou matar os três filhos de Griselda — Amália (Sophie Charlotte), Quinzé (Malvino Salvador) e Antenor (Caio Castro) — e no fim ainda tenta pôr fogo na matriarca. Podemos pensar que a vilã agiu dessa maneira por raiva, ressentimento ou inveja, mas sinceramente isso é pedir demais para nossa imaginação. Por fim, Teresa Cristina se justifica dizendo que age daquela maneira por vício. Ah, me poupe!

Além disso não posso deixar de falar das cenas absurdas em que a Teresa Cristina agradece a Nazaré Tedesco (Renata Sorrah em “Senhora do Destino”) por suas “dicas”, como quando ela mata pessoas jogando-as pela escada ou, como no último capítulo, matando Ferdinand eletrocutado numa banheira. Criatividade!

Teresa Cristina também tinha um segredo cabeludo — que de cabeludo não tinha nada — que foi logo descoberto pela jornalista Marcela (Suzana Pires). Marcela é assassinada, mas, de uma hora pra outra, ela reaparece. Mas não era a morta, era sua irmã gêmea, Joana, que vinha em busca de vingança. E onde foi parar essa vingança?

Assim como Joana, “Fina Estampa” estava cheio de personagens desnecessários: Chiara (Helena Ranaldi), Isolina (Guida Vianna), Alice (Thaís de Campos) e Mandrake (Sandro Pedroso) são só alguns exemplos.

O Enzo (Júlio Rocha) é um caso a parte. Estou louco para ver o Júlio Rocha com um personagem de verdade para que ele mostre que ele é um péssimo ator. Assim como acontecia com Rafael Cardoso — que realmente mostrou que tem algum préstimo em “A Vida da Gente” — os personagens do Júlio Rocha valorizam-no só pelo fato de que todos eles estão sempre sem camisa, pegando mulher e dando uma de galã. Isso pra mascarar a sua péssima atuação. Arrisco-me a dizer que o Júlio Rocha só estava em “Fina Estampa” pra satisfazer o desejo do Aguinaldo Silva de vê-lo sem roupa.


E pra terminar com os absurdos da novela, venho lamentar a falta de uma solução para o segredo do Crô (Marcelo Serrado). Em um momento da novela, disseram que o amante do Crodoaldo Valério era o cozinheiro Fred (Carlos Vieira), mas Aguinaldo deve ter mudado de ideia e o segredo do Crô continuou até o último capítulo. Continuou até o último capítulo para não ser revelado! Aguinaldo Silva disse que qualquer amante para o Crô seria pouco para esse personagem tão grande. Mas não dava pra avisar isso antes, não? Deixou todo mundo com cara de pastel.

Mesmo com todas essas estruturas mal-construídas, “Fina Estampa” tinha alguns pontos positivos: Griselda serve para comprovar que Lília Cabral está com a moral lá em cima dentro da Globo e mostra que ela tem talento de sobra; o Pereirinha (José Mayer) era um ótimo personagem que poderia ter tido mais importância na trama; o núcleo formado por Baltazar (Alexandre Nero), Celeste (Dira Paes) e Solange (Carol Macedo) era o que de melhor tinha na novela; e o próprio Crô que, na minha humilde opinião, foi um péssimo personagem cômico, mas caiu nas graças do povo e é isso que interessa para os patrocinadores.

O último capítulo de “Fina Estampa” teve picos de 49 pontos e cumpriu a tarefa de aumentar a média de audiência do horário nobre da Globo. Mas, pra mim, só serviu para aumentar a arrogância do Aguinaldo Silva que fez analogias a várias de suas novelas e frisa em dizer que as suas novelas são as que fazem mais sucesso. O pior é que é verdade!




domingo, 26 de fevereiro de 2012

Minhas Apostas



Que maravilha! Hoje é o dia da premiação do Oscar — uma das minhas datas mais esperadas do ano. Antes de começar os serviços quero dizer que eu não sou nenhum crítico de cinema nem um expert da sétima arte, mas essa análise que eu faço abaixo nada mais é do que as minhas humildes e leigas apostas para a premiação desse ano. Talvez eu não acerte nenhuma, mas todas são baseadas nos meus quase 20 anos de vida.

Se você não trabalha na área é praticamente impossível assistir a todos os filmes antes da premiação, mesmo porque alguns indicados estrearam no Brasil na sexta-feira passada. Mas a gente faz um esforço. Vou indicar os filmes que eu assisti por ordem de estreia no Brasil, suas indicações e minhas impressões sobre a pelicula. Siga-me os bons!

Rango
Estreia: 9 de março de 2011
Indicação: Animação



Desde que eu soube que “Rango” era uma nova parceria de Johnny Depp e Gore Verbinski, eu fiquei ansioso para correr ao cinema e assisti-lo. Na época, eu até postei a minha animação com o filme aqui no blog (Rango, 31 de março de 2011). Fiquei impressionado com o visual western no desenho animado e com as composições mexicanas do Hans Zimmer (o mesmo de “O Rei Leão” e “Gladiador”). Tenho a impressão que o seu único concorrente a altura é o “Gato de Botas”, mas todas as minhas fichas estão colocadas no “Rango”: original, diferente e engraçadíssimo.

Rio
Estreia: 8 de abril de 2011
Indicação: Canção Original (“Real in Rio”, Sérgio Mendes, Carlinhos Brown e Siedah Garrett)




É difícil fazer uma crítica de “Rio” sendo um brasileiro orgulhoso. Não tenho muito o que falar sobre o filme porque o que interessa acontece nos primeiros dez minutos. A canção “Real in Rio” é um samba com cara de Brasil e é o primeiro musical do filme, apesar de que trechos da melodia de Sérgio Mendes aparecem no decorrer do filme. A canção tem apenas um concorrente: “Man or Muppet”, de “Os Muppets”, filme da Disney. Não sei se é porque sou brasileiro, mas o Oscar para os brasileiros Sérgio Mendes e Carlinhos Brown é a minha aposta mais fervorosa de todas as outras. Quem é que não gosta da música brasileira? Não é qualquer americano que consegue o que os nossos músicos fazem com tanta naturalidade.

 Vai ser tão lindo! E, se “Os Muppets” ganharem, eu vou dizer que isso aí foi comprado.




Harry Potter

Estreia: 15 de julho de 2011

Indicações: Maquiagem, Direção de Arte e Efeitos Visuais


Mais difícil ainda é fazer uma crítica de “Harry Potter” quando se é fã da série e torceu para que ela ganhasse pelo menos um Oscar que não fosse técnico. E, mais uma vez, pra não fugir do hábito, a segunda parte de “Harry Potter e as Relíquias da Morte” concorrem a três prêmios técnicos e com opositores de peso. E eu tenho a tristeza em dizer que eu tenho quase certeza que o Harry Potter perde a sua última chance de levar uma estatueta pra casa. O Oscar de Maquiagem talvez seja o mais provável em ser conquistado pela franquia, mas os dois concorrentes — “A Dama de Ferro” e “Albert Nobbs” — tem trabalhos de arrepiar; além do mais, a maior parte da maquiagem de “Harry Potter” é de Efeitos Especiais. Direção de Arte talvez fique com “Hugo Cabret”, porque os críticos podem dizer que o roteiro é ruim, mas o visual do filme é tão lúdico, tão infância; por último, eu acho que o Oscar de Efeitos Visuais vai para “Planeta dos Macacos”, mas mesmo assim, eu vou continuar torcendo por pelo menos essa última categoria para o bruxinho.

Gigantes de Aço
Estreia: 07 de outubro de 2011
Indicação: Efeitos Visuais




Fiquei surpreso quando eu vi “Gigantes de Aço” na lista do Oscar. É claro que ele só concorre em uma categoria, mas mesmo assim eu achava que ninguém tinha assistido a esse filme. “Gigantes de Aço” foi um dos filmes que me levaram ao cinema por puro entretenimento. Foi um dos poucos filmes de 2011 que conseguiram prender minha atenção na história sem me ater em detalhes técnicos ou atuações. A indicação é extremamente aceitável: os robôs do filme são tão reais que a gente acredita que aquela história ali é uma representação fiel do futuro. Mas como eu já disse, o Oscar de Efeitos Visuais deve ficar com “Planeta dos Macacos”. Os outros indicados são incríveis — “Harry Potter”, “Transformers” e “Hugo Cabret”, mas o único trabalho comparável ao que fizeram com Andy Serkis em “Planeta dos Macacos” foi em “Avatar” de James Cameron e “O Senhor dos Anéis: o Retorno do Rei” de Peter Jackson (esse último, coincidentemente, com o mesmo ator).

Gato de Botas
Estreia: 9 de dezembro de 2011

Indicação: Animação




Não sei se já disse isso por aqui, mas o Gato de Botas sempre foi o meu personagem favorito do Shrek. Soube do seu filme solo no início de 2011 e, depois de muitos ataques de histeria com o trailer, eu assisti ao filme em dezembro do ano passado. Na minha opinião, o “Gato de Botas” foi o filme mais bem sucedido no quesito 3-D. Eu fiquei sem fôlego e foi o primeiro filme que me fez ter aquelas sensações que tanto falam da terceira dimensão. Mas mesmo assim, eu não apostaria no “Gato de Botas” por ele estar concorrendo com “Rango”. Então, eu acho que dessa vez a DreamWorks não leva o troféu pra casa.

As Aventuras de Tintim
Estreia: 20 de janeiro de 2012
Indicação: Trilha Sonora Original (John Willians)



Por que Tintim não está concorrendo à Melhor Animação? Eu assisti a esse filme poucos dias antes do anúncio dos indicados e fiquei confuso quando não o vi na lista de melhor animação, principalmente porque Tintim já tinha ganhado o Globo de Ouro poucas semanas antes. É a animação mais real de todos os tempos! Um trabalho de fã mesmo — Spielberg é fã número um do personagem. Li críticas ruins sobre o roteiro e o desenvolvimento do filme, mas eu amei. Fiquei emocionado e ansioso por uma continuação.

Sobre a Trilha Sonora: aposto cegamente no Tintim, apesar de eu não ter assistido “O Artista” que tenho a impressão que leva o prêmio. Acredito na competência de John Williams que ainda concorre ao prêmio com outro filme: “Cavalo de Guerra”. Mesmo com uma obra tão (ou quase) perfeita, eu ainda acho que Tintim vai continuar só com o Globo de Ouro mesmo.

Os Homens que não amavam as Mulheres
Estreia: 27 de janeiro de 2012
Indicações: Atriz (Rooney Mara), Fotografia, Edição, Edição de Som e Mixagem de Som




Se “Os Homens que não amavam as Mulheres” fosse uma escola de samba, ela receberia nota mínima no quesito Evolução. O filme é muito, mas muito grande. São quase três horas de duração. E o filme ainda é muito complicado! Confesso que não li nenhum dos livros da série Millenium (para quem não sabe “Os Homens que não amavam as Mulheres” é o primeiro de uma trilogia), mas soube que o filme não é muito fiel ao livro. A produtora ficou com medo de que o primeiro filme não desse certo e eles deixassem pontas soltas por falta de continuação: então, resolveram explicar muitas coisas logo no primeiro filme. E são muitas cenas desnecessárias. Não daria o Oscar de Edição para eles.

Na verdade, o que mais me atraiu nesse filme foi a atuação de Rooney Mara. Surpreendentemente, eu até gostei do Daniel Craig (porque eu não sou super-fã dele), mas a Rooney foi maravilhosa. E a disputa pelo Oscar de Melhor Atriz vai ser a mais acirrada de todas: Rooney Mara, Viola Davis, Meryl Streep, Glenn Close e Michelle Williams. Infelizmente, eu acho que a Rooney não leva o Oscar dessa vez, mas eu acho que ela merecia pelo menos uma medalha de Honra ao Mérito.

Em Fotografia, eu também não aposto nele. Não entendi porque ele concorreu ao Oscar, mas quem sou eu para questionar a Academia. Eu acho que o “Hugo Cabret” do Scorsese leva essa. Nos outros quesitos técnicos é mais complicado pra mim. Não conheço o trabalho de edição e mixagem e som, mas eu ainda aposto no “Hugo Cabret” ou até em “Transformers”. Vamos tirar a prova hoje à noite!

A Dama de Ferro
Estreia: 17 de fevereiro de 2012
Indicações: Atriz (Meryl Streep) e Maquiagem




Por fim, “A Dama de Ferro” vem com duas indicações. Como eu já disse, a disputa de Melhor Atriz vai ser a mais disputada já que todas as atrizes conseguiram enfrentar todos os desafios propostos: Glenn Close é uma mulher que se veste de homem, Michelle Williams é Marilyn Monroe, Rooney Mara é uma rebelde cheia de piercings e tatuagens, Viola Davis é uma revolucionária negra e Meryl Streep é Margareth Thatcher. Se não fosse pela concorrência, a Meryl levava fácil já que o seu trabalho foi impecável e, como disse um blogueiro, depois dessa interpretação, Meryl Streep pode fazer qualquer pessoa: de Madonna a Michael Jackson. Mas com essa concorrência e com o histórico da atriz — 2 prêmios em 16 indicações — eu ainda não tenho certeza se ela leva o prêmio.

Já o prêmio de Maquiagem eu tenho quase certeza que vai para “A Dama de Ferro”. Os outros concorrentes são “Harry Potter” e “Albert Nobbs”, mas eu achei a transformação de Meryl Streep em Margareth Tatcher inacreditável. Meryl parece mais a Maggie Thatcher do que ela mesma.


No Brasil, a cerimônia do Oscar 2012 vai ser transmitida pela TNT (com Sabrina Parlatone e Cássio Reis) e pela Globo (com José Wilker e Maria Beltrão) depois de Big Brother Brasil. Espero ansiosamente!