domingo, 26 de fevereiro de 2012

Minhas Apostas



Que maravilha! Hoje é o dia da premiação do Oscar — uma das minhas datas mais esperadas do ano. Antes de começar os serviços quero dizer que eu não sou nenhum crítico de cinema nem um expert da sétima arte, mas essa análise que eu faço abaixo nada mais é do que as minhas humildes e leigas apostas para a premiação desse ano. Talvez eu não acerte nenhuma, mas todas são baseadas nos meus quase 20 anos de vida.

Se você não trabalha na área é praticamente impossível assistir a todos os filmes antes da premiação, mesmo porque alguns indicados estrearam no Brasil na sexta-feira passada. Mas a gente faz um esforço. Vou indicar os filmes que eu assisti por ordem de estreia no Brasil, suas indicações e minhas impressões sobre a pelicula. Siga-me os bons!

Rango
Estreia: 9 de março de 2011
Indicação: Animação



Desde que eu soube que “Rango” era uma nova parceria de Johnny Depp e Gore Verbinski, eu fiquei ansioso para correr ao cinema e assisti-lo. Na época, eu até postei a minha animação com o filme aqui no blog (Rango, 31 de março de 2011). Fiquei impressionado com o visual western no desenho animado e com as composições mexicanas do Hans Zimmer (o mesmo de “O Rei Leão” e “Gladiador”). Tenho a impressão que o seu único concorrente a altura é o “Gato de Botas”, mas todas as minhas fichas estão colocadas no “Rango”: original, diferente e engraçadíssimo.

Rio
Estreia: 8 de abril de 2011
Indicação: Canção Original (“Real in Rio”, Sérgio Mendes, Carlinhos Brown e Siedah Garrett)




É difícil fazer uma crítica de “Rio” sendo um brasileiro orgulhoso. Não tenho muito o que falar sobre o filme porque o que interessa acontece nos primeiros dez minutos. A canção “Real in Rio” é um samba com cara de Brasil e é o primeiro musical do filme, apesar de que trechos da melodia de Sérgio Mendes aparecem no decorrer do filme. A canção tem apenas um concorrente: “Man or Muppet”, de “Os Muppets”, filme da Disney. Não sei se é porque sou brasileiro, mas o Oscar para os brasileiros Sérgio Mendes e Carlinhos Brown é a minha aposta mais fervorosa de todas as outras. Quem é que não gosta da música brasileira? Não é qualquer americano que consegue o que os nossos músicos fazem com tanta naturalidade.

 Vai ser tão lindo! E, se “Os Muppets” ganharem, eu vou dizer que isso aí foi comprado.




Harry Potter

Estreia: 15 de julho de 2011

Indicações: Maquiagem, Direção de Arte e Efeitos Visuais


Mais difícil ainda é fazer uma crítica de “Harry Potter” quando se é fã da série e torceu para que ela ganhasse pelo menos um Oscar que não fosse técnico. E, mais uma vez, pra não fugir do hábito, a segunda parte de “Harry Potter e as Relíquias da Morte” concorrem a três prêmios técnicos e com opositores de peso. E eu tenho a tristeza em dizer que eu tenho quase certeza que o Harry Potter perde a sua última chance de levar uma estatueta pra casa. O Oscar de Maquiagem talvez seja o mais provável em ser conquistado pela franquia, mas os dois concorrentes — “A Dama de Ferro” e “Albert Nobbs” — tem trabalhos de arrepiar; além do mais, a maior parte da maquiagem de “Harry Potter” é de Efeitos Especiais. Direção de Arte talvez fique com “Hugo Cabret”, porque os críticos podem dizer que o roteiro é ruim, mas o visual do filme é tão lúdico, tão infância; por último, eu acho que o Oscar de Efeitos Visuais vai para “Planeta dos Macacos”, mas mesmo assim, eu vou continuar torcendo por pelo menos essa última categoria para o bruxinho.

Gigantes de Aço
Estreia: 07 de outubro de 2011
Indicação: Efeitos Visuais




Fiquei surpreso quando eu vi “Gigantes de Aço” na lista do Oscar. É claro que ele só concorre em uma categoria, mas mesmo assim eu achava que ninguém tinha assistido a esse filme. “Gigantes de Aço” foi um dos filmes que me levaram ao cinema por puro entretenimento. Foi um dos poucos filmes de 2011 que conseguiram prender minha atenção na história sem me ater em detalhes técnicos ou atuações. A indicação é extremamente aceitável: os robôs do filme são tão reais que a gente acredita que aquela história ali é uma representação fiel do futuro. Mas como eu já disse, o Oscar de Efeitos Visuais deve ficar com “Planeta dos Macacos”. Os outros indicados são incríveis — “Harry Potter”, “Transformers” e “Hugo Cabret”, mas o único trabalho comparável ao que fizeram com Andy Serkis em “Planeta dos Macacos” foi em “Avatar” de James Cameron e “O Senhor dos Anéis: o Retorno do Rei” de Peter Jackson (esse último, coincidentemente, com o mesmo ator).

Gato de Botas
Estreia: 9 de dezembro de 2011

Indicação: Animação




Não sei se já disse isso por aqui, mas o Gato de Botas sempre foi o meu personagem favorito do Shrek. Soube do seu filme solo no início de 2011 e, depois de muitos ataques de histeria com o trailer, eu assisti ao filme em dezembro do ano passado. Na minha opinião, o “Gato de Botas” foi o filme mais bem sucedido no quesito 3-D. Eu fiquei sem fôlego e foi o primeiro filme que me fez ter aquelas sensações que tanto falam da terceira dimensão. Mas mesmo assim, eu não apostaria no “Gato de Botas” por ele estar concorrendo com “Rango”. Então, eu acho que dessa vez a DreamWorks não leva o troféu pra casa.

As Aventuras de Tintim
Estreia: 20 de janeiro de 2012
Indicação: Trilha Sonora Original (John Willians)



Por que Tintim não está concorrendo à Melhor Animação? Eu assisti a esse filme poucos dias antes do anúncio dos indicados e fiquei confuso quando não o vi na lista de melhor animação, principalmente porque Tintim já tinha ganhado o Globo de Ouro poucas semanas antes. É a animação mais real de todos os tempos! Um trabalho de fã mesmo — Spielberg é fã número um do personagem. Li críticas ruins sobre o roteiro e o desenvolvimento do filme, mas eu amei. Fiquei emocionado e ansioso por uma continuação.

Sobre a Trilha Sonora: aposto cegamente no Tintim, apesar de eu não ter assistido “O Artista” que tenho a impressão que leva o prêmio. Acredito na competência de John Williams que ainda concorre ao prêmio com outro filme: “Cavalo de Guerra”. Mesmo com uma obra tão (ou quase) perfeita, eu ainda acho que Tintim vai continuar só com o Globo de Ouro mesmo.

Os Homens que não amavam as Mulheres
Estreia: 27 de janeiro de 2012
Indicações: Atriz (Rooney Mara), Fotografia, Edição, Edição de Som e Mixagem de Som




Se “Os Homens que não amavam as Mulheres” fosse uma escola de samba, ela receberia nota mínima no quesito Evolução. O filme é muito, mas muito grande. São quase três horas de duração. E o filme ainda é muito complicado! Confesso que não li nenhum dos livros da série Millenium (para quem não sabe “Os Homens que não amavam as Mulheres” é o primeiro de uma trilogia), mas soube que o filme não é muito fiel ao livro. A produtora ficou com medo de que o primeiro filme não desse certo e eles deixassem pontas soltas por falta de continuação: então, resolveram explicar muitas coisas logo no primeiro filme. E são muitas cenas desnecessárias. Não daria o Oscar de Edição para eles.

Na verdade, o que mais me atraiu nesse filme foi a atuação de Rooney Mara. Surpreendentemente, eu até gostei do Daniel Craig (porque eu não sou super-fã dele), mas a Rooney foi maravilhosa. E a disputa pelo Oscar de Melhor Atriz vai ser a mais acirrada de todas: Rooney Mara, Viola Davis, Meryl Streep, Glenn Close e Michelle Williams. Infelizmente, eu acho que a Rooney não leva o Oscar dessa vez, mas eu acho que ela merecia pelo menos uma medalha de Honra ao Mérito.

Em Fotografia, eu também não aposto nele. Não entendi porque ele concorreu ao Oscar, mas quem sou eu para questionar a Academia. Eu acho que o “Hugo Cabret” do Scorsese leva essa. Nos outros quesitos técnicos é mais complicado pra mim. Não conheço o trabalho de edição e mixagem e som, mas eu ainda aposto no “Hugo Cabret” ou até em “Transformers”. Vamos tirar a prova hoje à noite!

A Dama de Ferro
Estreia: 17 de fevereiro de 2012
Indicações: Atriz (Meryl Streep) e Maquiagem




Por fim, “A Dama de Ferro” vem com duas indicações. Como eu já disse, a disputa de Melhor Atriz vai ser a mais disputada já que todas as atrizes conseguiram enfrentar todos os desafios propostos: Glenn Close é uma mulher que se veste de homem, Michelle Williams é Marilyn Monroe, Rooney Mara é uma rebelde cheia de piercings e tatuagens, Viola Davis é uma revolucionária negra e Meryl Streep é Margareth Thatcher. Se não fosse pela concorrência, a Meryl levava fácil já que o seu trabalho foi impecável e, como disse um blogueiro, depois dessa interpretação, Meryl Streep pode fazer qualquer pessoa: de Madonna a Michael Jackson. Mas com essa concorrência e com o histórico da atriz — 2 prêmios em 16 indicações — eu ainda não tenho certeza se ela leva o prêmio.

Já o prêmio de Maquiagem eu tenho quase certeza que vai para “A Dama de Ferro”. Os outros concorrentes são “Harry Potter” e “Albert Nobbs”, mas eu achei a transformação de Meryl Streep em Margareth Tatcher inacreditável. Meryl parece mais a Maggie Thatcher do que ela mesma.


No Brasil, a cerimônia do Oscar 2012 vai ser transmitida pela TNT (com Sabrina Parlatone e Cássio Reis) e pela Globo (com José Wilker e Maria Beltrão) depois de Big Brother Brasil. Espero ansiosamente!


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Whitney


Não me importo com o que as pessoas vão pensar de mim por publicar este post: talvez alguns pensem que eu sou um "Maria-vai-com-as-outras" da Internet, mas eu não ligo. 

Sinto muito pelo ocorrido e quero assistir "O Guarda-costas" mais uma vez pra chorar na hora de "I will always love you".








quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Mágico




Desde o primeiro minuto da animação, o conjunto da obra chama a atenção: o filme tem um colorido todo especial em cores pastéis, traços ágeis e sofisticados e uma trilha sonora delicada.

“O Mágico” conta a história de um ilusionista em decadência que usa truques antigos e já não chama a atenção de mais ninguém. Seu show de maior sucesso acontece numa cidade no interior da Escócia, onde ele conhece uma moça pobre chamada Alice. Ela fica encantada pelos truques do mágico e acredita que todos os seus problemas poderiam ser resolvidos com magia, desde um sapato novo até um bilhete de trem. Toda essa história contada de forma simplória e com poucos diálogos. 


O clima do filme é sentido principalmente pela trilha sonora: das músicas com tom lúdico dos anos de 1950 até o rock dos anos 1960. Uma das sequencias mais interessantes é a diferença do público do mágico com uma banda de rock: Billy Boy and the Britoons (cena acima). Enquanto existem centenas de adolescentes enlouquecidas pelos cantores — muito parecidos com os Beatles, por sinal, apesar de serem muitos exagerados —, o mágico só consegue a atenção de uma senhora e uma menina, que ainda descobre os seus truques!

Os personagens não tem nenhum atrativo físico, não são nenhum pouco carismáticos, mas conseguimos nos comover com o fracasso do mágico e com os sonhos da menina: cúmplices de vidas sem esperança.


Também tenho que dar ênfase na forma irreal dos personagens: isso me encanta profundamente. Os filmes de animação querem se aproximar ao máximo da realidade — gestos, cores, texturas —, mas sempre tem um traço exagerado; adoro os personagens grandes ou pequenos demais, com grandes narizes ou cabelos estranhos: um tom bem caricato.

Por fim, o colorido dos cenários: tem um ar despretensioso, mas percebemos a preocupação de Sylvain Chomet com as tonalidades no desenho de uma porta, de um aquecedor, de uma panela ou de uma vitrine.

Não posso deixar de falar que “O Mágico” concorreu ao Oscar de Melhor Longa-Metragem de Animação em 2011, mas no ano passado, a Academia tinha um favorito absoluto: Toy Story 3. Mas, na minha opinião, o Oscar tem essa função: apresentar-nos filmes dessa qualidade que, com nosso pouco conhecimento e acesso a filmes não-americanos, nunca teríamos a oportunidade de desfrutá-los.

Destaque do Mês

E o Destaque do Mês de Janeiro é...


O Artista