Umas semanas atrás eu
entrei num desses botecos de esquina onde a clientela é exclusivamente
masculina. O dono do bar, um nordestino de uns 70 anos, conversava animadamente
com um homem moreno; a conversa parecia agradável: os dois riam alto e
gesticulavam muito. Estiquei o ouvido para escutar: um narrava para o outro uma
briga entre Max e Jorginho em Avenida Brasil.
Voltei pra casa sorrindo e
pensando se aquela cena seria imaginável há 20 anos. Hoje, as novelas
tornaram-se entretenimento de todos: não existe mais o futebol do patrão e a
novela da dona-de-casa. Milhões de pessoas se sentam na frente da televisão
para ver a infinita guerra entre mocinhos e vilões. Mas Avenida Brasil vai
muito além disso.
A quarta novela em que João
Emanuel Carneiro é o autor titular tem uma vilã carismática, uma mocinha que
age fora dos padrões do politicamente correto, um herói ingênuo, um homem com
três mulheres, além de uma série de outros personagens de caráter duvidoso. Mas
nada disso é questionado pelo público: só queremos ver as peças de movendo no
tabuleiro e torcer pelo amor ou pela vingança.
Nas duas últimas semanas
(desde que Nina jogou uma jarra de suco em Carminha e o Max descobriu quem era
a Rita) Avenida Brasil tem enlouquecido o público: as redes sociais estão
lotadas de fotos congeladas e opiniões diversas sobre as ações das protagonistas.
O tão aguardado capítulo 100 (que foi ao ar na última quinta-feira) valeu a
pena.
Entre a minha família não
se fala em outra coisa. É preciso conhecê-los para entender que o nosso assunto
favorito é televisão. Nas reuniões de família as discussões são animadas e é
preciso um pouco de juízo para que tudo não se transforme em briga. Nos nossos
almoços é obrigatório que façamos uma análise da trama: desde “a vingança
compensa?” até temas mais leves como a sexualidade do Roni ou a traição da
Olenka. Tentamos descobrir os próximos acontecimentos e narramos com riqueza de
detalhes (cenários, roupas e diálogos) as nossas cenas preferidas. E se alguém
perdeu algum capítulo... o site da Globo tem todos os vídeos disponíveis.
É claro que Cheias de
Charme e Gabriela também rendem boas conversas pela internet, nas mesas de
lanchonetes ou dentro dos ônibus, mas Avenida Brasil é o que podemos chamar de
fenômeno. Antes dela poucas outras fizeram tanto estardalhaço (talvez porque as
redes sociais ainda não tinham tanto público): lembro-me de O Clone, Senhora do
Destino e A Favorita (essa última também do João Emanuel).
Interessante que todas
essas histórias conquistaram o público principalmente pelas paixões reprimidas
do povo: amores proibidos e sede de vingança. Quando nos falta coragem, os
personagens da ficção são os responsáveis por satisfazer nossos desejos. Por
isso que as cenas onde a mocinha estapeia a vilã (Celebridade, Senhora do
Destino, Caminho das Índias, Avenida Brasil) fazem tanto sucesso.
Avenida Brasil ainda tem
muitos capítulos pela frente e, pelas minhas reflexões e previsões, a novela
ainda terá outra virada espetacular como a da última semana: comprarei um
desfibrilador pela internet. João Emanuel Carneiro consolida seu lugar na Rede
Globo como a galinha dos ovos de ouro e Avenida Brasil já é a favorita
(trocadilho infame) de muita gente. Os anunciantes riem de satisfação e
Aguinaldo Silva chora de inveja.
Depois
de amanhã Gabriela entra na sua
quarta semana e temos muito que falar sobre a nova novela das 11. Pra começar,
quero falar do Walcyr Carrasco: não sei se eu já falei mal dele por aqui, mas o
Walcyr me deixou puto triste com a sua excursão pelo horário das 7.
Estava morrendo de saudade do seu texto numa história de época que é o melhor
que ele sabe fazer. E o texto de Gabriela
é engraçado, profissional, mas ao mesmo tempo dificílimo de ser
interpretado. Fico tenso nas cenas do Erik Marmo: ele transmite tanta insegurança
que eu fico com medo de que ele enrole a língua num desses diálogos com a Dona
Sinhazinha (Maitê Proença).
Partindo
para o elenco, é obrigatório falar de Juliana Paes, a Gabriela modelo 2012. Vejo
muitas críticas negativas sobre Juliana, mas eu acho que a personagem não dá
muitas opções para ela: Gabriela tem que ser daquele jeito e ponto. Não tem
muito que fazer. Juliana Paes é constantemente comparada a Sônia Braga
(Gabriela modelo 75) e dizem que ela não se parece com a Gabriela original. Da
mesma forma que a Maya de Caminho das
Índias feita por Juliana foi comparada à Jade de Giovanna Antonelli em O Clone. Se a Juliana se parecesse com a
original, diriam que ela não era autêntica e estava imitando a outra. Vai
caçar um pau pra você subir!
Pulando o Humberto Martins que eu continuo
achando um ator meia boca, quero falar de algumas pessoas que me fazem sorrir de
satisfação quando estão em cena. Nunca achei Marcelo Serrado um grande ator e
continuo não achando, mas ele me conquistou com seu Tonico Bastos. Suas
cenas ao lado de Fabiana Karla são maravilhosas. Anderson de Rizzi, que
interpreta o professor Josué, está divino. Ele já tinha mostrado seu talento em
Morde & Assopra como o Sargento
Xavier, mas ele está bem melhor agora: é claro que são personagens diferentes, mas
isso também prova que o Walcyr é mais bem sucedido com textos menos
espalhafatosos. Também quero dar uma estrelinha para Marco Pigossi que faz o
Juvenal com tanta segurança.
Agora
quero falar do que há de melhor nesse elenco. É claro que não estou levando em
conta Antônio Fagundes, Chico Diaz, Maitê Proença, Laura Cardoso nem José
Wilker: eles são inquestionáveis. Primeiro, quero falar de Rodrigo Andrade que
se preparou e alcançou êxito como o machista Berto. Fico impressionado com a
quantidade de manias e vícios de linguagem que o personagem tem e tenho certeza
que isso é responsabilidade da competência do Rodrigo. E o melhor ator em cena:
Mateus Solano. Que dicção, meu Deus! Fico admirado quando um ator consegue fazer
com que um texto seja seu: não tem como pensar que o Mateus Solano leu um
roteiro e decorou o diálogo; aquelas palavras são suas, foram pensadas ali
naquele momento. Aplaudo cada cena dele.
Agora
as medalhas de mérito: a dupla Vanessa Giácomo e Luiza Valdetaro consegue falar
com os olhos; Leona Cavalli é a melhor escolha para uma prostituta de luxo; a
personagem de Giovanna Lancellotti vai sofrer muito ainda, mas a atriz está se
saindo super bem nessa primeira fase da Lindinalva; apesar de não gostar da Bel
Kutner como pessoa, tenho que admitir que ela é um ótima atriz; Neusa Maria
Faro está com uma de suas melhores personagens até hoje.
Em
Gabriela tudo está em seu devido
lugar. As cenas de sexo e nudez estão chocando as pessoas que não estão
acostumadas a isso, mas eu já vi coisa pior eu acho que estão de extremo
bom gosto. Por fim, quero dizer que amo o Bataclã e acho que essa novela é a oportunidade
perfeita para fazerem um beijo lésbico entre as meninas da Maria Machadão.
Obs.:
Não falei de Ivete Sangalo porque sinceramente... nos créditos de abertura
deveria constar “Ivete Sangalo como ela mesma”.
Nessa onda de reviver grandes sucessos da teledramaturgia da TV Globo — "Ti Ti Ti" (2010), "O Astro" (2011) e "Guerra dos Sexos" (estreia em outubro/2012) — a nova novela das onze traz a versão repaginada de "Gabriela". Sua primeira versão foi ao ar em 1975, com texto de Wálter George Durst (baseado no livro "Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado) e direção de Wálter Avancini. Dessa vez, o texto é de Walcyr Carrasco — que, na minha opinião, sabe lidar com textos de época — e direção de Mauro Mendonça Filho.
Eu nunca me pronuncio antes do início de nenhuma novela, mas resolvi postar algumas fotos que eu encontrei na internet por causa da qualidade das imagens. As imagens só fazem aumentar minha ansiedade para o início da trama.
Já é mais do que sabido que a personagem título era de Juliana Paes. Desde o ano passado que isso já está sendo dito. E a Juliana foi a primeira a aparecer nas chamadas da novela. Na primeira versão, o personagem dela era interpretado por Sônia Braga (que na época fazia filmes adultos).
O par romântico de Juliana Paes me deixou apreensivo quando seu nome foi divulgado: Humberto Martins. Seria difícil pra mim me desvencilhar do seu personagem anterior: Neco, de "O Astro". Apesar de não gostar muito do ator, confio no resto da produção, então acho que não preciso me preocupar. Na versão anterior, o personagem de Humberto Martins, Nacib, era interpretado por Armando Bógus. Detalhe da foto abaixo: a Juliana Paes rolou na terra?
Quem está me deixando mais nervoso para o início dessa novela é a estonteante Bruna Linzmeyer, que me conquistou desde "Afinal, o que querem as mulheres". Sua personagem, Anabela, ao lado de Príncipe Sandra, Emílio Orciollo Neto. Seus personagens eram defendidos respectivamente por Neila Tavares e Paulo César Pereio.
Também teremos Mateus Solano em mais um personagem de época, Mundinho Falcão. Ele é o rival político do Coronel Ramiro Bastos, interpretado por Antônio Fagundes. Na primeira versão da novela, o personagem Mundinho Falcão era interpretado por José Wilker, que nessa temporada fará o papel do Coronel Jesuíno Mendonça.
Por fim, a aposta que nos deixa mais apreensivo: Ivete Sangalo como Maria Machadão, a dona do cabaré. Ivete teve uma experiência com atuação em "As Brasileiras" e disse que tomou gosto pela coisa. Muitos dizem que Ivete é uma escolha errada. Mas eu acho que vai ser legal. Quero acompanhar os comentários dela pelo Twitter. Algumas de suas "meninas" serão Leona Cavalli (que, pra mim, tem cara de prostituta desde "Amazônia"), Ildi Silva, Nathália Rodrigues, Emanuelle Araújo (Aff!) e Suyane Moreira.
"Gabriela" estreia amanhã num capítulo especial depois de "Avenida Brasil". Ansioso até não poder mais. Depois de um tempo, eu volto aqui para dar os meus pareceres como eu sempre faço.
Estou meio apreensivo em comentar uma das atrações dessa
semana. Na última quinta-feira, o ex-presidente da República foi ao Programa do
Ratinho. Desde aquele momento eu já sabia que eu deveria dar o meu parecer aqui
no blog. Mas eu não assisti à entrevista completa. Gostei da primeira parte da
entrevista — “Já comi rabada na casa do Ratinho, e o Ratinho comeu rabada na
Granja do Torto”: acho o ex-presidente muito carismático e achei que aquilo era
uma simples aparição para entretenimento das massas. Mas, na segunda parte da
entrevista, Lula — como todo político não dá ponto sem nó — começa a fazer
campanha pró-Haddad para a prefeitura de São Paulo — transgredindo a Lei
Eleitoral. Já que o objetivo desse post é falar de televisão, não falaremos de
política. Podem me chamar de alienado que eu não estou ligando. Gostei do Lula
no Ratinho e ponto.
No mesmo dia da tão polêmica aparição de Lula no Ratinho,
foi transmitido um dos últimos episódios de “As Brasileiras”: A Vidente de
Diamantina. Desde o início do programa eu sonhava com a participação de Bruna
Linzmeyer, mas não esperava que todo o elenco fosse me deixar tão extasiado.
Gregório Duvivier — que esteve ótimo num episódio de “Louco por elas” —, Rafael
Primot, Mateus Solano e maravilhosa Eva Todor. Meu Deus! Eu não sabia que ela
ainda existia. A cada nome que aparecia nos créditos iniciais, eu soltava uma
exclamação. O texto foi bem meia boca como muitos outros episódio da série, mas
compensou pelo elenco.
E eis que falo do acontecimento televisivo da semana. Na
última terça-feira, tivemos a oportunidade de conhecer os participantes da 5ª
temporada de “A Fazenda”. Sinceramente, eu gosto muito do formato e de toda a
produção do programa. E não sou o único: o programa foi o tópico mais comentado
do Twitter na semana. Além de que “A Fazenda” é o programa da piada pronta. O
que faz com que eu parta para a segunda parte do post.
Desce
Não há nada que eu odeie mais do que sub-celebridades. E “A
Fazenda” tenta mostrar esses “famosos” como pessoas importantíssimas e dignas
da minha atenção: Gretchen, Viviane Araújo, Vavá, Diego Pombo (quem?), Nicole
Bahls, Ângela Bismarchi, Shayenne Cesário (quem?²) e Léo Áquila são os exemplos
mais bizarros dessa edição. Mas o que o povo quer barraco: numa casa onde tenha
uma ex-panicat, a ex do Belo (que só por esse fato não merece o meu respeito),
uma cantora que já passou do fim da carreira há anos e outras figuras
peculiares só pode sair coisa que não presta. Pra piorar ainda tem o carisma só
que não do apresentador Britto Jr., que logo no primeiro dia de programa já
estava mais perdido que cego em tiroteio. Talvez a intenção de ter escolhido o
Britto para apresentar o reality tenha
sido querer fazer algo parecido com o que o Pedro Bial faz; se essa foi a
pretensão, erraram feio. O Britto é sem graça, com nenhum carisma além de ser
ridículo em cena.
Indefinido
Ainda não tenho minha opinião formada sobre o programa “Sexo
a 3” do Dr. Rey. Engraçado? Chocante? Ridículo? Preciso pensar mais sobre esse
caso.
Dessa vez eu não consegui. Desde outubro de 2010 eu não transgredia a regra que eu mesmo impus de eleger apenas um filme por mês, mas foi impossível não citar os três.
Para começar o SobeDesce de hoje, vamos para o acontecimento
televisivo da semana: na última segunda-feira, o SBT colocou no ar a versão
brasileira da novela infantil Carrossel,
com adaptação assinada por Íris Abravanel. A emissora fez um suspense enorme
com essa novela e tenho por mim que ela não decepcionou. Para o padrão das
produções do SBT, Carrossel é uma
obra-prima: ganha de longe da anterior “Corações Feridos”, que teve o seu
capítulo final — vergonhoso — transmitido na última quarta-feira. Destaque para
a queridíssima Maisa que ficou linda como atriz.
Outro programa que merece nota 10 é o Todo Seu do Ronnie Von transmitido pela Gazeta. É difícil para eu
admitir que o programa do Ronnie é legal, mas eu vou ter que dar o braço a
torcer. Na última sexta-feira, o programa exibiu uma reportagem linda sobre o
espetáculo Priscila — A Rainha do
Deserto, além do quadro Visão Masculina que é de um raro bom gosto. Ronnie
Von é realmente um homem de classe e faz um programa diferente daquilo que se vê
no resto da programação: por isso não tem tanto público, mas ele deixa bem
claro que essa é sua preocupação menor.
Também ponto positivo dessa semana: a entrevista
da Xuxa no quadro O que vi da vidaexibido
no Fantástico repercutiu por todos os
cantos. A entrevista durou 25 minutos e foi o assunto mais comentado nas redes
sociais nessa semana. O ponto ápice da entrevista foi quando Xuxa revelou que
tinha sofrido abuso quando era criança. Por causa disso, as denúncias contra
abuso sexual a crianças aumentaram 30% na última semana. Até terça-feira, o
Disque 100 tinha recebido 285.051 ligações segundo a Secretaria de Direitos
Humanos. Joinha pra Xuxa!
Desce
Continuando com a entrevista da Xuxa no Fantástico: a apresentadora disse que foi abusada na infância, mas nas
redes sociais, junto com elogios à Rainha dos Baixinhos, vieram menções a um
filme em que Xuxa faz uma cena de sexo com um adolescente de 12 anos. O menino
Marcelo Ribeiro tem hoje 42 anos, já fez filme para a produtora de Brasileirinhas e agora tem sua própria
agência. Cenas do filme Amor Estranho
Amor, filme de 1979, voltaram a ser compartilhadas na internet trazendo desconforto
para alguns fãs.
Outro ponto fraco da semana foi a reportagem exibida na
última sexta-feira pelo Globo Repórter. A
matéria sobre Dubai foi, sem dúvida alguma, muito bem filmada: imagens bonitas,
curiosidades sobre os pontos turísticos da cidade e a Glória Maria conduz muito
bem esse tipo de programa. O problema é o formato do Globo Repórter. O programa tem 39 anos e não se renova. Hoje em dia,
existem formatos diversos de documentários para televisão e, com certeza, o Globo Repórter não é o mais interessante:
apesar de mais novos, Profissão Repórter e
A Liga tem muito que ensinar.
Depois de cinco semanas da estreia de “Avenida Brasil” está
mais do que na hora de falar sobre alguns pontos da novela das 21h da Globo.
Venho mais uma vez dizer que é difícil falar da obra de um ídolo — no caso,
João Emanuel Carneiro —, mas, pelas minhas conversas na rua, com amigos e
família, vejo que a minha opinião é compartilhada pelo restante do público.
Além do texto maravilhoso do João Emanuel Carneiro — o mesmo
de “A Favorita” e “Da Cor do Pecado” — o elenco da novela é maravilhoso, principalmente o feminino, a começar por Débora Falabella. É até difícil
escolher a personagem mais marcante da atriz — que já fez uma dependente
química em “O Clone”, e a protagonista de “Sinhá Moça” —, mas ouso em dizer que
essa é uma das mais difíceis para a atriz. O texto é complexo e exige mudanças
muito drásticas principalmente nos olhares. A Nina é uma personagem de muitas
facetas, assim como sua antagonista, Carminha.
Adriana Esteves estava sumida desde o fiasco de “Morde e
Assopra”, mas voltou com a melhor personagem da sua carreira, na minha opinião.
Pra mim, está sendo muito difícil me desvencilhar da imagem dela como a Celinha
de “Toma lá dá cá”, mas aos poucos eu vou me adaptando às mudanças. Muito mais
que Nina, Carminha muda de personalidade quatro vezes numa só cena: a
personagem tem um olhar e um tom de voz diferente para cada pessoa com que está
tratando.
Outro destaque feminino é Nathália Dill. Uma das queridinhas
da Globo, Nathália estreia no horário nobre com Débora, uma personagem madura,
mulher independente e moderna. A atriz já tinha mostrado o seu profissionalismo
em outras novelas — como a Maria Rita de “Paraíso” — e agora na principal
atração da emissora, ela se consolida como uma nova Paola Oliveira ou Alinne
Moraes.
Ainda quero falar especialmente de Ísis Valverde que é, de
longe, o personagem mais popular da novela. O sucesso da personagem me intriga:
a piriguete não vale nada, só arranja confusão e tá em todas as rodas de
conversa sobre a novela. Não acho que as suas personagens anteriores tenham
favorecido o seu corpo escultural, mas agora ela está sendo recompensada.
Quero falar também da grande parte de atores cômicos
presentes no elenco que fazem enriquecer o texto engraçadíssimo do João
Emanuel: Heloísa Perissé já teve personagens melhores, mas está ótima como a cabeleireira
Monalisa; Déborah Bloch, Camila Morgado e Carolina Ferraz me enlouquecem quando
aparecem em cena; Letícia Isnard, que eu assisto desde “Minha nada mole vida”,
tem uma personagem ótima no núcleo do jogador Tufão; e, por último, Fabíula
Nascimento está maravilhosa, espetacular, com a Olenka, que não leva desaforo
pra casa; eu rio em todas as suas cenas.
O elenco masculino? Bem... Tony Ramos, que fez uma
participação na primeira fase da novela, foi a melhor interpretação até agora.
Murilo Benício está fraco com o Tufão; Cauã Reymond já caiu no lugar-comum com
seus últimos personagens; Alexandre Borges está engraçado, mas ainda apostaria
em outros atores; Marcelo Novaes precisa esquecer a sua cara de bobo de
personagens anteriores. Os melhores talvez sejam Marcos Caruso, que transita
bem entre personagens distintos — como o padre Inácio em “Desejo Proibido” e o
prefeito Patácio em “Cordel Encantado” —, José de Abreu que está detestável —
essa é a intenção — como o catador de lixo Nilo e José Loreto que volta com um
dos personagens mais cativantes de “Avenida Brasil”, Darkson.
Medalhas para Mel Maia, a personagem de Débora Falabela na
primeira fase da novela; Juliano Cazarré que está com um personagem incomum, o
ex-jogador Adauto; Débora Nascimento como a linda Tessália; Cláudia Missura, a
Janaína, que me chama a atenção mesmo sendo uma empregada; e Daniel Rocha como
Roniquito que, na minha opinião, é a revelação de “Avenida Brasil”.
Apesar dos pesares, “Avenida Brasil” tem uma história
central riquíssima e é a novela mais popular dos últimos anos — não quero nem
falar sobre a anterior “Fina Estampa”. A nova novela tem 93% dos seus
personagens na classe C, a nova tendência das produções televisivas para
conquistar esse público. A novela vai até setembro e espero não ter
morrido de parada cardíaca com o ritmo alucinante do Kuduro da novela.
- A novela “Avenida Brasil” tem diversos pontos positivos, mas
o destaque da semana vai para a atriz mirim Mel Maia. O talento da menininha me
impressionou mais que Bruna Marquesine em “Mulheres Apaixonadas” e Klara
Castanho em “Viver a Vida”. A menina é elogiada nas redes sociais, na rua, no “Fantástico”
e a preparadora de elenco Paloma Riani — que publicou uma carta aberta à Mel
dizendo para ela tomar cuidado com a vaidade — disse que seu trabalho com a
menininha te deu uma sensação de dever cumprido.
- O episódio de “As Brasileiras” que foi ao ar na última quinta, “A
Indomável do Ceará”, foi disparado o melhor da série até agora. Alice Braga,
como uma delegada osso duro de roer, e Rodrigo Santoro, como um bandido
foragido, justificaram o seu sucesso no exterior.
- A Record investe agora na reprise de “Vidas Opostas” para
lutar com “Avenida Brasil”. E foi bem sucedida! A novela da Globo continua
absoluta com seus quase 40 pontos de audiência, mas “Vidas Opostas”, que já
tinha sido um sucesso na sua primeira exibição, conseguiu 13 pontos com picos de
15 aumentando o otimismo na emissora do bispo.
Desde
- O deputado Jair Bolsonaro se complica cada vez mais com seus
pronunciamentos. E o “CQC” aproveita! Na última segunda-feira, o deputado
participou do quadro “Sem Saída” com Rafael Cortez e não teve medo de dizer que
não gosta de gays e que é a favor da ditadura militar no Brasil.
- Por falar em “CQC”: depois do caso entre Rafinha Bastos e
Wanessa, os humoristas do programa da Band tem que tomar mais cuidado com suas
piadas. Uma piada mal-sucedida — que poderia ser interpretada como racista — de
Oscar Filho na bancada do programa deixou Marcelo Tas desconcertado e provocou
mensagens indignadas no Twitter.
Ontem foi ao ar o último
capítulo de “Fina Estampa”, novela escrita por Aguinaldo Silva e dirigida por
Wolf Maya. Na minha opinião, o último capítulo foi coerente com o resto da
novela: sem nexo.
O objetivo de “Fina
Estampa” era ser uma novela popular, dirigida principalmente pra Classe C,
assim como vários outros programas “globais”: “Tapas e Beijos”, “A Grande
Família” e “Esquenta”. E Aguinaldo Silva foi feliz em suas decisões. A novela
era o assunto nas ruas, nas redes sociais e a Pereirão (Lília Cabral) — a
personificação da classe média — foi até capa da Revista Veja, que foi
comemorado pelo autor. Mas, em comparação com tantas obras da dramaturgia
brasileira, “Fina Estampa” foi clichê, sem atrativos e com uma história
desconexa.
A começar pela personagem
de mais sucesso que, na minha opinião, foi uma das piores criações do Aguinaldo
Silva: Teresa Cristina (Christiane Torloni). No início da novela, ela se
mostrava uma mulher fútil e consumista que é completamente aceitável. Achava as
atitudes dela um pouco exageradas, mas eu até achava engraçado. A história dela
se cruza com a da Griselda, e Teresa Cristina começa a alimentar um ódio
incontrolável por Pereirão.
Com a ajuda de Ferdinand
(Carlos Machado) — um “vilão” principiante que tinha tudo para ser o terror da
novela —, Teresa Cristina tentou matar os três filhos de Griselda — Amália
(Sophie Charlotte), Quinzé (Malvino Salvador) e Antenor (Caio Castro) — e no
fim ainda tenta pôr fogo na matriarca. Podemos pensar que a vilã agiu dessa
maneira por raiva, ressentimento ou inveja, mas sinceramente isso é pedir
demais para nossa imaginação. Por fim, Teresa Cristina se justifica dizendo que
age daquela maneira por vício. Ah, me poupe!
Além disso não posso
deixar de falar das cenas absurdas em que a Teresa Cristina agradece a Nazaré
Tedesco (Renata Sorrah em “Senhora do Destino”) por suas “dicas”, como quando
ela mata pessoas jogando-as pela escada ou, como no último capítulo, matando
Ferdinand eletrocutado numa banheira. Criatividade!
Teresa Cristina também
tinha um segredo cabeludo — que de cabeludo não tinha nada — que foi logo
descoberto pela jornalista Marcela (Suzana Pires). Marcela é assassinada, mas,
de uma hora pra outra, ela reaparece. Mas não era a morta, era sua irmã gêmea,
Joana, que vinha em busca de vingança. E onde foi parar essa vingança?
Assim como Joana, “Fina
Estampa” estava cheio de personagens desnecessários: Chiara (Helena Ranaldi),
Isolina (Guida Vianna), Alice (Thaís de Campos) e Mandrake (Sandro Pedroso) são
só alguns exemplos.
O Enzo (Júlio Rocha) é um
caso a parte. Estou louco para ver o Júlio Rocha com um personagem de verdade
para que ele mostre que ele é um péssimo ator. Assim como acontecia com Rafael
Cardoso — que realmente mostrou que tem algum préstimo em “A Vida da Gente” — os
personagens do Júlio Rocha valorizam-no só pelo fato de que todos eles estão
sempre sem camisa, pegando mulher e dando uma de galã. Isso pra mascarar a sua
péssima atuação. Arrisco-me a dizer que o Júlio Rocha só estava em “Fina Estampa”
pra satisfazer o desejo do Aguinaldo Silva de vê-lo sem roupa.
E pra terminar com os
absurdos da novela, venho lamentar a falta de uma solução para o segredo do Crô
(Marcelo Serrado). Em um momento da novela, disseram que o amante do Crodoaldo
Valério era o cozinheiro Fred (Carlos Vieira), mas Aguinaldo deve ter mudado de
ideia e o segredo do Crô continuou até o último capítulo. Continuou até o
último capítulo para não ser revelado! Aguinaldo Silva disse que qualquer
amante para o Crô seria pouco para esse personagem tão grande. Mas não dava pra
avisar isso antes, não? Deixou todo mundo com cara de pastel.
Mesmo com todas essas
estruturas mal-construídas, “Fina Estampa” tinha alguns pontos positivos:
Griselda serve para comprovar que Lília Cabral está com a moral lá em cima
dentro da Globo e mostra que ela tem talento de sobra; o Pereirinha (José
Mayer) era um ótimo personagem que poderia ter tido mais importância na trama; o
núcleo formado por Baltazar (Alexandre Nero), Celeste (Dira Paes) e Solange
(Carol Macedo) era o que de melhor tinha na novela; e o próprio Crô que, na
minha humilde opinião, foi um péssimo personagem cômico, mas caiu nas graças do
povo e é isso que interessa para os patrocinadores.
O último capítulo de “Fina
Estampa” teve picos de 49 pontos e cumpriu a tarefa de aumentar a média de audiência
do horário nobre da Globo. Mas, pra mim, só serviu para aumentar a arrogância
do Aguinaldo Silva que fez analogias a várias de suas novelas e frisa em dizer
que as suas novelas são as que fazem mais sucesso. O pior é que é verdade!
Que maravilha! Hoje é o dia da premiação do Oscar — uma das minhas
datas mais esperadas do ano. Antes de começar os serviços quero dizer que eu
não sou nenhum crítico de cinema nem um expert
da sétima arte, mas essa análise que eu faço abaixo nada mais é do que as
minhas humildes e leigas apostas para a premiação desse ano. Talvez eu não
acerte nenhuma, mas todas são baseadas nos meus quase 20 anos de vida.
Se você não trabalha na área é praticamente impossível assistir a
todos os filmes antes da premiação, mesmo porque alguns indicados estrearam no
Brasil na sexta-feira passada. Mas a gente faz um esforço. Vou indicar os
filmes que eu assisti por ordem de estreia no Brasil, suas indicações e minhas
impressões sobre a pelicula. Siga-me
os bons!
Rango
Estreia: 9 de março
de 2011
Indicação: Animação
Desde que eu soube que “Rango” era uma nova parceria de
Johnny Depp e Gore Verbinski, eu fiquei ansioso para correr ao cinema e
assisti-lo. Na época, eu até postei a minha animação com o filme aqui no blog (Rango, 31 de março de 2011).
Fiquei impressionado com o visual western
no desenho animado e com as composições mexicanas do Hans Zimmer (o mesmo
de “O Rei Leão” e “Gladiador”). Tenho a impressão que o seu único concorrente a
altura é o “Gato de Botas”, mas todas as minhas fichas estão colocadas no
“Rango”: original, diferente e engraçadíssimo.
Rio
Estreia: 8 de abril
de 2011
Indicação: Canção
Original (“Real in Rio”, Sérgio Mendes, Carlinhos Brown e Siedah Garrett)
É difícil fazer uma crítica de “Rio” sendo um brasileiro
orgulhoso. Não tenho muito o que falar sobre o filme porque o que interessa
acontece nos primeiros dez minutos. A canção “Real in Rio” é um samba com cara
de Brasil e é o primeiro musical do filme, apesar de que trechos da melodia de
Sérgio Mendes aparecem no decorrer do filme. A canção tem apenas um
concorrente: “Man or Muppet”, de “Os Muppets”, filme da Disney. Não sei se é
porque sou brasileiro, mas o Oscar para os brasileiros Sérgio Mendes e
Carlinhos Brown é a minha aposta mais fervorosa de todas as outras. Quem é que
não gosta da música brasileira? Não é qualquer americano que consegue o que os
nossos músicos fazem com tanta naturalidade.
Vai ser tão lindo! E,
se “Os Muppets” ganharem, eu vou dizer que isso aí foi comprado.
Harry Potter
Estreia: 15 de julho
de 2011
Indicações: Maquiagem,
Direção de Arte e Efeitos Visuais
Mais difícil ainda é fazer uma crítica de “Harry Potter”
quando se é fã da série e torceu para que ela ganhasse pelo menos um Oscar que
não fosse técnico. E, mais uma vez, pra não fugir do hábito, a segunda parte de
“Harry Potter e as Relíquias da Morte” concorrem a três prêmios técnicos e com
opositores de peso. E eu tenho a tristeza em dizer que eu tenho quase certeza
que o Harry Potter perde a sua última chance de levar uma estatueta pra casa. O
Oscar de Maquiagem talvez seja o mais provável em ser conquistado pela franquia,
mas os dois concorrentes — “A Dama de Ferro” e “Albert Nobbs” — tem trabalhos
de arrepiar; além do mais, a maior parte da maquiagem de “Harry Potter” é de
Efeitos Especiais. Direção de Arte talvez fique com “Hugo Cabret”, porque os
críticos podem dizer que o roteiro é ruim, mas o visual do filme é tão lúdico,
tão infância; por último, eu acho que o Oscar de Efeitos Visuais vai para
“Planeta dos Macacos”, mas mesmo assim, eu vou continuar torcendo por pelo
menos essa última categoria para o bruxinho.
Gigantes de Aço
Estreia: 07 de
outubro de 2011
Indicação: Efeitos
Visuais
Fiquei surpreso quando eu vi “Gigantes de Aço” na lista do
Oscar. É claro que ele só concorre em uma categoria, mas mesmo assim eu achava
que ninguém tinha assistido a esse filme. “Gigantes de Aço” foi um dos filmes
que me levaram ao cinema por puro entretenimento. Foi um dos poucos filmes de
2011 que conseguiram prender minha atenção na história sem me ater em detalhes
técnicos ou atuações. A indicação é extremamente aceitável: os robôs do filme
são tão reais que a gente acredita que aquela história ali é uma representação
fiel do futuro. Mas como eu já disse, o Oscar de Efeitos Visuais deve ficar com
“Planeta dos Macacos”. Os outros indicados são incríveis — “Harry Potter”,
“Transformers” e “Hugo Cabret”, mas o único trabalho comparável ao que fizeram
com Andy Serkis em “Planeta dos Macacos” foi em “Avatar” de James Cameron e “O Senhor dos Anéis: o Retorno do Rei” de Peter Jackson (esse último,
coincidentemente, com o mesmo ator).
Gato de Botas
Estreia: 9 de
dezembro de 2011
Indicação: Animação
Não sei se já disse isso por aqui, mas o Gato de Botas sempre
foi o meu personagem favorito do Shrek. Soube do seu filme solo no início de
2011 e, depois de muitos ataques de histeria com o trailer, eu assisti ao filme
em dezembro do ano passado. Na minha opinião, o “Gato de Botas” foi o filme
mais bem sucedido no quesito 3-D. Eu fiquei sem fôlego e foi o primeiro filme
que me fez ter aquelas sensações que tanto falam da terceira dimensão. Mas
mesmo assim, eu não apostaria no “Gato de Botas” por ele estar concorrendo com
“Rango”. Então, eu acho que dessa vez a DreamWorks não leva o troféu pra casa.
As Aventuras de Tintim
Estreia: 20 de
janeiro de 2012
Indicação: Trilha
Sonora Original (John Willians)
Por que Tintim não está concorrendo à Melhor Animação? Eu
assisti a esse filme poucos dias antes do anúncio dos indicados e fiquei
confuso quando não o vi na lista de melhor animação, principalmente porque
Tintim já tinha ganhado o Globo de Ouro poucas semanas antes. É a animação mais
real de todos os tempos! Um trabalho de fã mesmo — Spielberg é fã número um do personagem.
Li críticas ruins sobre o roteiro e o desenvolvimento do filme, mas eu amei.
Fiquei emocionado e ansioso por uma continuação.
Sobre a Trilha Sonora: aposto cegamente no Tintim, apesar de
eu não ter assistido “O Artista” que tenho a impressão que leva o prêmio.
Acredito na competência de John Williams que ainda concorre ao prêmio com outro
filme: “Cavalo de Guerra”. Mesmo com uma obra tão (ou quase) perfeita, eu ainda
acho que Tintim vai continuar só com o Globo de Ouro mesmo.
Os Homens que não amavam as Mulheres
Estreia: 27 de
janeiro de 2012
Indicações: Atriz
(Rooney Mara), Fotografia, Edição, Edição de Som e Mixagem de Som
Se “Os Homens que não amavam as Mulheres” fosse uma escola de
samba, ela receberia nota mínima no quesito Evolução. O filme é muito, mas
muito grande. São quase três horas de duração. E o filme ainda é muito
complicado! Confesso que não li nenhum dos livros da série Millenium (para quem
não sabe “Os Homens que não amavam as Mulheres” é o primeiro de uma trilogia),
mas soube que o filme não é muito fiel ao livro. A produtora ficou com medo de
que o primeiro filme não desse certo e eles deixassem pontas soltas por falta de
continuação: então, resolveram explicar muitas coisas logo no primeiro filme. E
são muitas cenas desnecessárias. Não daria o Oscar de Edição para eles.
Na verdade, o que mais me atraiu nesse filme foi a atuação de
Rooney Mara. Surpreendentemente, eu até gostei do Daniel Craig (porque eu não
sou super-fã dele), mas a Rooney foi maravilhosa. E a disputa pelo Oscar de
Melhor Atriz vai ser a mais acirrada de todas: Rooney Mara, Viola Davis, Meryl
Streep, Glenn Close e Michelle Williams. Infelizmente, eu acho que a Rooney não
leva o Oscar dessa vez, mas eu acho que ela merecia pelo menos uma medalha de
Honra ao Mérito.
Em Fotografia, eu também não aposto nele. Não entendi porque
ele concorreu ao Oscar, mas quem sou eu para questionar a Academia. Eu acho que
o “Hugo Cabret” do Scorsese leva essa. Nos outros quesitos técnicos é mais
complicado pra mim. Não conheço o trabalho de edição e mixagem e som, mas eu
ainda aposto no “Hugo Cabret” ou até em “Transformers”. Vamos tirar a prova
hoje à noite!
A Dama de Ferro
Estreia: 17 de
fevereiro de 2012
Indicações: Atriz
(Meryl Streep) e Maquiagem
Por fim, “A Dama de Ferro” vem com duas indicações. Como eu já
disse, a disputa de Melhor Atriz vai ser a mais disputada já que todas as
atrizes conseguiram enfrentar todos os desafios propostos: Glenn Close é uma
mulher que se veste de homem, Michelle Williams é Marilyn Monroe, Rooney Mara é
uma rebelde cheia de piercings e
tatuagens, Viola Davis é uma revolucionária negra e Meryl Streep é Margareth
Thatcher. Se não fosse pela concorrência, a Meryl levava fácil já que o seu
trabalho foi impecável e, como disse um blogueiro, depois dessa interpretação,
Meryl Streep pode fazer qualquer pessoa: de Madonna a Michael Jackson. Mas com
essa concorrência e com o histórico da atriz — 2 prêmios em 16 indicações — eu
ainda não tenho certeza se ela leva o prêmio.
Já o prêmio de Maquiagem eu tenho quase certeza que vai para “A
Dama de Ferro”. Os outros concorrentes são “Harry Potter” e “Albert Nobbs”, mas
eu achei a transformação de Meryl Streep em Margareth Tatcher inacreditável. Meryl
parece mais a Maggie Thatcher do que ela mesma.
No Brasil, a cerimônia do Oscar 2012 vai ser transmitida pela
TNT (com Sabrina Parlatone e Cássio Reis) e pela Globo (com José Wilker e Maria
Beltrão) depois de Big Brother Brasil. Espero ansiosamente!