Desde o início da nova grade de programação da TV Globo, eu queria vir ao blog comentar sobre a qualidade das séries, as direções, os textos, o elenco, mas... eu achei muito mais interessante falar das mulheres.
As mulheres dominaram a programação. Com exceção de "A Grande Família", que a família Silva é o centro da história, e "Macho Man" que Jorge Fernando interpreta o protagonista gay da série, os outros seriados são focados nas mulheres.
E eu resolvi listá-las de acordo com o meu gosto. MEU gosto! Claro. Vão aparecer várias opiniões diferentes, mas eu tinha que colocar uma ordem nesse post, então... Ah, deixa pra lá!
4º lugar - Lara Romero - "Lara com Z"
Um pouco do quarto lugar da Lara Romero é por causa da Suzana Vieira. Eu acho que a Suzana Vieira perdeu completamente a graça, tanto que ela só aparece nas obras de Aguinaldo Silva, também autor de "Lara com Z". Mas Lara talvez seja a personagem menos real de todas as mulheres listadas.
Entretanto, o poder da Lara nos cativa. O programa começa com "Eu sei que eu sou bonita e gostosa/ sei que você me olha e me quer" e isso mostra o quanto essa mulher tem a auto-estima lá no alto. Na verdade, eu acho que a Lara é a própria representação de Suzana Vieira. E também não devo deixar que concordar que a Suzana tá inteiraça, né!
Lara é a personificação da autoconfiança e do amor próprio.
3º lugar - Val - "Batendo Ponto"
"Batendo Ponto" é o programa mais inteligente atualmente. Adoro o trabalho do Guel Arraes e do José Lavigne na direção e a Ingrid Guimarães também arrasa no papel da secretária da Colapax.
Eu acho que as mulheres podem se identificar com a Val principalmente por causa do tanto de responsabilidades que são atribuídas a ela. Val tem que dar conta de todas as excentricidades do patrão, lidar com as maluquices dos colegas de trabalho, tentar resolver a sua situação amorosa com Caique (Alexandre Nero), além de cuidar da filha adolescente.
E, depois de fazer isso tudo, ainda tem que tá bonita!
2º lugar - Fátima e Sueli - "Tapas & Beijos"
As personagens de Fernanda Torres e Andréa Beltrão sofrem com os homens e isso é o motivo da compaixão que as mulheres tem por Fátima e Sueli.
Fátima tem um amante, Armane (Vladimir Brichta), que a despreza. Sempre a esposa de Armane é prioridade para ele. Enquanto, Sueli sofre com a insistência do ex-marido Jurandir (Érico Brás), que é ex-presidiário e faz de tudo para voltar para sua esposa. Ele não vale nada, mas Sueli não consegue deixá-lo.
As situações das duas amigas são hilárias e as suas vidas "normais" — andar de ônibus, beber chopp, trabalhar todo dia —, além do sofrimento com os homens, faz com que elas sejam referenciais para as telespectadoras.
Todas vezes que eu assisto à Lília Cabral eu tenho a impressão de que a conheço há muito tempo. Mercedes é a mulher mais real da Tv atual. Ela não tem medo de mostrar os seus medos, os seus sentimentos, os seus amores...
Ela é recém-separada e não se intimida com isso. Cuida dos filhos, tem namorados (alguns até mais novos), vai ao cabeleireiro e compartilha a sua vida com seus amigos Tânia (Totia Meireles) — que é outra linda — e Renée (Paulo Gustavo) — que é muito auto-astral.
Mercedes grita de raiva, xinga, ri e chora logo em seguida... Eu não sei o porquê, mas eu tenho uma enorme afeição pela Mercedes. E grande admiração pela sua força, coragem, determinação e sensibilidade.
Esse post me faz lembrar aquela propaganda do Bombril que fala das mulheres evoluídas: "Os homens tem, o quê?, cinco utilidades? A Bombril tem mil e uma. E, ó, mané, se liga, que eu peço pro vizinho abrir o vidro de palmito. Ele é tão forte!".
As mulheres é que fazem esse mundo e os homens ainda pensam que mandam em alguma coisa. Sai dessa vida! Vocês desprezam as mulheres, mas vocês não aguentam 1/5 do que elas aguentam.
Até mais.
Um comentário:
Cada episódio gosto mais de Divã!
Muito bacana seu blog! Abs!
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