sábado, 11 de setembro de 2010

O Retorno do Rei


“A Sociedade do Anel” e “As Duas Torres” foram só uma preparação para o final surpreendente de “O Senhor dos Anéis”.
Confesso que os dois primeiros livros são muitos confusos: são muitos seres, personagens, lugares, costumes e poderes sobrenaturais para aprender de uma vez só. Além disso, há os mapas que são muito confusos quando a gente não consegue se situar direito. Eu custei a entender o que era o Condado naquele mapa.
Mas as coisas foram se explicando aos poucos, e em “O Retorno do Rei” eu já me sentia íntimo da Terra-média. Já conhecia os personagens e lugares como se fosse o meu país.
Comecei o terceiro livro diferente de todos os outros: animadíssimo para saber o destino da Comitiva e do Um Anel.
Encantei-me com Minas Tirith e viajei junto com a Companhia Cinzenta e os Cavaleiros de Rohan. E me emocionei com a luta de Merry e Éowyn contra o Rei dos Espectros.
Foi emocionante a morte de Théoden e Denethor e o retorno do rei Elessar.
Começa o livro VI e meu coração bate mais forte. Era o momento de Frodo e Sam cumprirem sua missão e a batalha contra Sauron começar de fato.
"Até mesmo Gollum pode ter ainda algo a fazer?” foram as palavras de Gandalf repetidas por Frodo.
E o momento de glória da Comitiva começa. Eu me via sorrindo para todos que aguardavam os Pequenos desde os Portões da Cidade até os Campos do Pelennor.
Arwen, Elrond, Celeborn, Galadriel, Faramir, Éowyn, Cevado e a volta para o Condado.
O Expurgo do Condado começa — Saruman e Língua de Cobra — e todos homenageiam principalmente Peregrin Tûk e Meriadoc Brandebuque.
Tudo vai bem no Condado.
E o fim.
Lá nos Portos Cinzentos. Eu nunca esperei.
"— Aonde o senhor vai, Mestre? — exclamou Sam, embora finalmente percebesse o que estava se passando.
— Para os Portos, Sam — disse Frodo.
— E eu não posso ir.
— Não, Sam. Pelo menos não por enquanto, não além dos Portos. (…)
— Mas — disse Sam, com as lágrimas brotando em seus olhos — achei que o senhor também ia desfrutar o Condado, por muitos e muitos anos, depois de tudo o que fez.
— Eu também já pensei desse modo. Mas meu ferimento foi muito profundo, Sam. Tentei salvar o Condado, e ele foi salvo, mas não para mim.”
Confesso que lágrimas brotaram dos meus olhos junto com as de Sam.
Fiquei um pouco triste em pensar que nunca mais viajaria pela Terra-média ao lado de Frodo. Pensando bem, o livro tá aqui nas minhas mãos. E existem muitas coisas entre o céu e a Terra-média do que sonha a nossa vã filosofia.

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