segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Rashomon

Eu tô fazendo um trabalho sobre esse filme na faculdade e achei legal colocar a sinopse dele aqui no blog. O filme é japonês, de 1950 e preto e branco. Muita gente pode não se interessar, mas a história é muito interessante e a interpretação dos atores é incrível: são muito, muito intensos.

Talvez, algum dia, alguém esteja interessado em algo mais cult. "Rashomon" de Akira Kurosawa é uma boa pedida.

ATENÇÃO: Contém todos os spoilers possíveis. [Risos]

Andarilho, Lenhador e Sacerdote

O filme começa com três personagens — um lenhador (Takashi Shimura), um sacerdote (Minoru Chiaki) e um andarilho (Kichijiro Ueda) — esperando que a chuva passe em frente a um portão. E, nesse lugar, o lenhador e o sacerdote narram alguns acontecimentos dos últimos três dias: o assassinato de um samurai (Masayuki Mori) e o estupro de sua esposa (Machiko Kyo). O lenhador começa a história dizendo que encontrou um corpo no bosque enquanto procurava por madeira e o sacerdote afirma ter visto o casal no dia do assassinato.
Esses dois personagens são os narradores da história, mas, a partir daqui, eles contam tudo seguindo o relato de outros personagens.

Tajomaru
                                         
O primeiro relato é de um bandido, Tajomaru (Toshiro Mifune), que é o acusado de ter estuprado a mulher e matado o samurai. Tajomaru confessa ter amarrado o samurai a uma árvore e tinha a intenção de estuprar a mulher, que inicialmente resistiu com uma adaga na mão, mas depois se entregou ao bandido. Desonrada, a mulher sugere um duelo entre os dois homens que conhecem sua desonra. Os dois homens lutam arduamente e Tajomaru acaba vencendo, mas a mulher já tinha fugido.

Mulher

A segunda versão contada é a da mulher desonrada. Ela diz que Tajomaru foge depois do estupro. Ela, então, pede perdão para seu marido que a olha com desprezo. Ela implora que ele a mate, então. Ela pega sua adaga e desmaia. Ela diz que matou o marido num momento de delírio, mas não se lembra de tê-lo feito.

Tajomaru e a mulher desonrada

Depois disso, o samurai morto chega para contar a sua versão por meio de um médium. Ele diz que depois do estupro, sua esposa pediu a Tajomaru que matasse seu marido para que pudessem fugir juntos. Tajomaru fica atônito com esse pedido e entrega o destino da mulher ao samurai: matá-la ou deixá-la. A mulher acaba por fugir. Tajomaru tenta alcançá-la, mas não consegue. Volta-se para o samurai e o liberta. O samurai, nessa hora, decide se matar com a adaga.

Luta entre o samurai e o bandido

Nesse momento, o lenhador confessa ter omitido algumas informações no seu depoimento para que não se envolvesse muito com o caso. Ele diz ter visto o estupro e o assassinato. Depois do estupro, Tajomaru pede à mulher que eles se casem, mas a mulher decide libertar o marido. O marido diz que não a quer mais. Instantaneamente, Tajomaru perde seu interesse por aquela mulher desonrada. A mulher se sente provocada por essa falta de interesse dos dois. Ela, então, os incita a lutarem por ela. E eles lutam. Por sorte, Tajomaru mata o samurai e vai embora com sua espada. A mulher foge depois disso.
Todas as versões são contraditórias e ninguém consegue chegar a uma única verdade absoluta.
De volta ao portão abandonado, os três personagens são surpreendidos pelo choro de um bebê. Encontrando o bebê, o andarilho pega o quimono e um rubi que protegem o bebê. O lenhador o repreende por isso. Para “justificar” sua ação, o andarilho questiona sobre a adaga que foi citada por todos os envolvidos no crime. Onde ela estava? O lenhador fica em silêncio e aí o andarilho percebe que o lenhador é um ladrão: roubou a adaga da mulher. O andarilho vai embora rindo de tudo aquilo.
O sacerdote, diante daquela situação, perde todas as suas esperanças na Humanidade, mas muda de ideia quando o lenhador decide levar a criança para sua casa. O lenhador disse que já tinha seis crianças em casa. Uma a mais não faria diferença. Então, o sacerdote diz que ainda tem fé nos homens.
O filme termina enquanto o lenhador leva o bebê pra casa.

                                                 


O legal é acompanhar todas as versões dos acontecimentos. A gente assistiu em sala de aula e, no fim do filme, cada um tinha a sua opinião sobre os fatos.

Eu nunca tinha tido nenhum contato com filme japonês e nem sei se todos são assim, mas os atores são muito intensos, como eu já disse. A mulher se joga no chão, chora, grita; o bandido ri a todo momento; e o samurai faz uma cara de desprezo que... Creio em Deus Pai! Até eu me mataria.

Bom, é isso. O blog tá super abandonado, mas qualquer dia desses eu volto pra postar outras coisinhas legais no Café e Pipoca.

Saionará

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